domingo, 22 de janeiro de 2012

12 Erros da "Malhação"


1. Treinar em jejum não ajuda a emagrecer. É um erro clássico. Quando você fica horas sem comer, cai o nível de "combustível" (ele se chama glicogênio) necessário para manter o corpo funcionando. Se estiver em baixa, será extraído dos músculos, provocando perda de massa muscular e fraqueza . Além disso, a fome em conjunto com a exaustão pode levar a tonturas e desmaios. 

2. Milagres não acontecem: você não resolve em pouco tempo o que levou anos para acumular. Se você esteve muito tempo parado, não adianta voltar querendo malhar todos os dias. Não dá para querer compensar o tempo perdido. É necessário descansar entre um treino e outro. Quem não respeita isso e está fora de forma, pode acabar se lesionando e parando por um tempo ainda maior.
A busca pelo resultado rápido não é saudável.É comum ver gente fazendo um esforço fenomenal para atingir determinado objetivo e não conseguir manter o que foi conquistado depois. A mudança deve ser gradual.
3. Correr de moletom para queimar mais calorias não adianta nada. Você não queima gordura, apenas perde líquido. O excesso de roupa só prejudica a malhação, já que traz desconforto em função da alta temperatura, tornando o treino menos eficiente. Perder líquido em excesso durante o treino é submeter-se às consequências da desidratação e ainda não obter o resultado esperado.
4. Correr na esteira não é correr. É praticamente saltar no lugar, com a esteira rodando sob os pés. Correr significa empurrar o peso do seu corpo para frente. E para isso os músculos da parte posterior da coxa e glúteos fazem um grande esforço, na esteira isso não acontece, pois o equipamento faz o trabalho de empurrar o pé para trás, economizando energia para os músculos. “Se quer realmente correr, vá para a rua, o parque ou a praia”.
5. Aquecimento na esteira não prepara o corpo para o treino de musculação. O ideal é fazer um alongamento dinâmico, com movimentos semelhantes aos da ioga, que aquecem, aumentam a flexibilidade e deixam o corpo preparado para pegar pesado.  
6. Treinos de musculação não deixam a mulher com corpo de fisiculturista. Algumas mulheres dizem não treinar musculação porque não quer ficar forte igual a um homem. Isso não vai acontecer, a não ser que você queira. Os treinos de musculação podem ter vários objetivos e são montados levando em conta diversas variáveis como intensidade, quantidade de repetições, velocidade das repetições, número de séries, tempo de intervalo entre as séries e quantidade de exercícios para determinada musculatura.
7. Sim, o final de semana pode estragar tudo. Sábados e domingos costumam ser os vilões dos bons resultados. As pessoas acabam aumentando o consumo de calorias com pizza, churrasco, bebida, doces, massas, além de diminuir o gasto calórico.
8. Não, abdominais não diminuem barriga. Esses exercícios, ainda que realizados com ajuda das “máquinas milagrosas”, mobilizam, no momento do exercício, a musculatura do abdome e não a gordura localizada.“Se você espera ter uma barriga chapada, faça exercícios gerais de musculação (abdominais também) e não esqueça os aeróbios, como corrida e caminhada.
9. Para queimar gordura o treino precisa ter intensidade.“Pode caminhar o quanto quiser ou até correr longas distâncias, mas o método mais eficiente para queimar gordura é acelerar o ritmo e chegar perto da exaustão, em pequenos intervalos de muita intensidade.
10. Correr de tênis não necessariamente minimiza o impacto nas articulações.“O calçado de corrida pode muitas vezes provoca um tipo de pisada com o calcanhar que acaba gerando mais impacto no corpo. Muita gente tem experimentado a correr descalço ou com calçados minimalistas, do tipo Five Fingers, que levam a uma pisada frontal, menos impactante ao corpo.
11. Disciplina é fundamental para ter resultados. A atividade física deve estar inserida na agenda de quem realmente busca resposta aos exercícios. Durante a semana vários obstáculos aparecem, mas você nunca deve perder o foco. Comprometa-se com o que pode cumprir e siga a risca
12. É preciso mudar o estilo de vida e mexer na causa do problema. Quem realmente pretende ter uma vida saudável e um bom resultado estético não pode se limitar apenas ao momento da atividade física. Algumas pessoas saem da academia e têm coragem de pegar um elevador para subir apenas um lance de escada ou tirar o carro da garagem para ir à esquina comprar pão. Mexa-se e cuide-se o dia todo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Estudo comprova que exercício físico recicla células e previne diabetes


Mecanismo de autofagia só havia sido observado em situações de fome e estresse

Pesquisa realizada em camundongos mostrou que o exercício físico induz a um "sistema de reciclagem" das células, que faz com que elas se adaptem a mudanças nas demandas de energia e de nutrição. O processo chamado de autofagia acaba por proteger diversos órgãos, entre eles o coração.

Os pesquisadores realizaram o estudo com dois tipos de camundongos. Um deles foi modificado pelos pesquisadores e não era capaz de realizar a autofagia, o segundo tipo não tinha sofrido modificações. O estudo mostrou que os camundongos que não realizavam “Isso acontece possivelmente devido a defeitos nos caminhos de sinalização celular que regulam a tomada e o metabolismo da glucose quando se faz exercício. Essas descobertas ilustram o papel importante da autofagia na mediação de benefícios ao metabolismo que não eram ainda conhecidos”, afirmou He. 

O estudo também concluiu que o exercício tem papel importante na prevenção de diabetes. “Com base no estudo é possível dizer que a diabetes tipo 2, ao menos em camundongos, pode ser bem prevenida mediante exercício diário, mesmo com uma dieta com muita gordura. Nosso estudo ajuda a desenvolver o conceito de que aumentando a atividade de autofagia em geral pode ser benéfico para combater resistência à insulina, obesidade e complicações metabólicas relacionadas a ela.”

Os pesquisadores querem agora desenvolver molécula que possa “substituir” o exercício. “Nosso sonho é achar um composto que induza a autofagia e possa ‘mimetizar o exercício’ para que possamos aplica-lo em pessoas que estejam fisicamente confinadas e não possam se exercitam sozinhas. Nosso laboratório está, neste momento, caracterizando um reagente sintético que é capaz de induzi-la in vitro e in vivo”.

O trabalho, que foi publicada nesta quarta-feira (18) no periódico científico Nature, também sugere que a ativação da autofagia pode estar conectada a outros benefícios para a saúde relacionada a exercícios diários como proteção do sistema cardiovascular, efeitos anticâncer e extensão do tempo de vida.