Quando é feito o uso de uma dieta mal planejada ou muito restritiva, o tecido muscular é mais utilizado do que a gordura para fornecer energia. Sendo assim os adeptos desse pensamento, possivelmente estão entrando num ciclo vicioso de insucesso tornando-se cada vez mais difícil alcançar a perda de gordura.
Temos por base que se você ingerir menos calorias do que está gastando diariamente seu peso corporal será reduzido , no entanto , nem sempre isso é garantia de redução da gordura corporal.
Quanto de energia é necessário consumir diariamente?
O gasto energético basal é a particularidade que tem o organismo humano , onde o mesmo possue uma quantidade mínima de energia que deve ser fornecida diariamente para manutenção das funções vitais (respiração, digestão e funcionamento de todos órgãos) com o corpo em repouso. Já o gasto energético total inclui além do gasto basal, a energia gasta com atividades físicas, trabalho e ainda leva em consideração um outro fator que é a energia térmica dos alimentos.
A energia térmica dos alimentos é relativa ao gasto de energia promovido pela digestão dos alimentos e corresponde de 6 a 10% do gasto energético total diário. Então comer também gasta energia.
Com base nestes três dados , quando a dieta está muito aquém das necessidades de energia de um indivíduo, seu corpo passa por uma série de adaptações com o intuito de passar pelo momento de carência de energia da forma menos onerosa possível, desta forma o corpo humano não interpreta essa falta de energia como falta de tempo ou vontade para comer, o que provavelmente ocorreu, mas sim falta de alimentos, ou seja, ele entende que você não tinha o que comer e não que você não quis ou não pôde comer , sendo assim , o corpo lança mão de suas reservas de energia (músculos e gordura) para suprir essa falta.
Diversos estudos comprovam que em uma dieta mal planejada ou muito restritiva o tecido muscular é mais utilizado do que a gordura para fornecer energia, ao contrário da expectativa de quem está seguindo a dieta.
É aí que se inicia o ciclo vicioso resultante de uma alimentação inadequada e insuficiente. São dois os pontos chaves para isso:
1. Catabolismo muscular:
Perdendo tecido muscular, tecido que gasta mais energia no nosso corpo, há uma redução do metabolismo corporal para evitar o consumo excessivo das reservas corporais, deixando o metabolismo mais lento. Gastando menos energia o indivíduo estará mais susceptível a engordar quando der uma escapadinha da dieta, pois a energia ingerida pela alimentação superará mais facilmente a energia gasta.
2. Maior propensão a ganhar gordura:
O corpo humano prioriza o armazenamento de energia prioritariamente como gordura e em muitas situações gasta mais a energia proveniente da “queima” dos músculos do que do tecido adiposo.
O corpo tem como a principal "função" a garantia da sobrevivência , sendo assim , a melhor forma de armazenar energia é a gordura, pois consegue-se guardar mais energia em um mesmo volume em comparação aos músculos.
Se nos compararmos aos demais mamíferos , é como se ao armazenar energia no tecido adiposo, mantivessemos uma reserva a ser utilizada em caso de necessidade, por exemplo: em uma situação de carência de alimentos (hibernação).
Este mecanismo se inicia no momento que entramos em um jejum maior que 4 horas ou uma dieta muito inferior ao gasto energético diário , quando fazemos uma refeição após um jejum maior que 4 horas, o corpo tenta estocar o máximo de energia que conseguir, como precaução para uma possível carência de energia que possa acontecer futuramente.
O primeiro resultado da dieta mal-planejada e mal-estruturada é a perda de músculos e ganho de gordura, mesmo com o indivíduo comendo pouco, além disso o metabolismo lento torna cada vez mais difícil a perda de peso.
A melhor forma de melhorar a saúde, a qualidade de vida é não se sacrificar em vão em dietas muito restritivas, procurar orientação profissional especializada (nutricionista) e praticar exercícios físicos corretamente estruturados(Personal) regularmente.
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